28.12.17

12 Filmes Políticos Brasileiros


Do Cineplot

"Marcado por períodos conturbados politicamente, o Brasil possui alguns filmes políticos importantes em sua cinematografia. Reflexos ou não de seu tempo ou sua história, os filmes aqui representados demonstram a força combativa de nossa arte.
Desde ficções criadoras de uma comunidade imaginada, como em Terra em Transe – reflexo da ditadura militar de 1964 – aos reflexos da própria ditadura em Eles não usam Black Tie. Do banditismo poético de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro à visão pernambucana em Baile Perfumado. Até mesmo memórias do subdesenvolvimento, fome e o questionamento de para onde vamos em Sem Essa, Aranha".
Clique aqui para ver a lista



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21.12.17

* * *

Eu sei exatamente o que ele sentiu
Quando viu seu trabalho destruído

Quando viu perdido

O coração parou por alguns segundos
E o oxigênio não chegou ao cérebro

Nem nas pernas

Nem o estômago corroeu mais

Eu sei

Já passei por isso

Estive neste mundo dos textos perdidos
E nunca mais foram encontrados

E nunca mais foram lidos

Ou nem mesmo ignorados

Estão na escuridão que o cérebro não sabe onde

Eu sei o que ele sentiu.






(Gilberto Caetano)






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18.12.17

Ficção em Tópicos

Como sempre eu pesco e roubo coisas interessante do nosso querido Revide de Eduardo Araújo (clique aqui agora) e vasculhando por lá ele postou sobre ferramentas para escritores:

Ficção em tópicos e The story grid, de Shawn Coyne (clique aqui)


E novamente vasculhando o site Ficção em Tópicos encontrei algumas coisas interessante e esse texto: 

  

1. OFICINAS SÃO UMA MODINHA PASSAGEIRA

“Oficinas literárias são uma moda. Uma indústria feita por (e para) escritores de fachada, muito mais interessados em dinheiro, fama e visibilidade, que na literatura propriamente dita.” 

2. OFICINAS ENSINAM REGRAS PARA ESCREVER

“As oficinas literárias pretendem te ensinar a escrever partindo de regras pré-estabelecidas e do pressuposto errôneo de que é possível ensinar alguém a escrever.”

3 OFICINAS PRODUZEM ESCRITORES-ROBÔS

 “Escritores de oficina escrevem sempre igual, razão pela qual a literatura brasileira está chafurdando na mesmice, com textos formalmente perfeitos, mas que não têm nada a dizer.”

4. OFICINAS TRAVAM A CRIATIVIDADE

“Pensar na técnica, refletir sobre o processo criativo numa oficina, só vai fazer de mim ou um escritor artificial ou um escritor travado.”

5. OFICINAS SÃO PARA ESCRITORES AMADORES

 “Um escritor realmente talentoso não precisa de oficina literária. Isso é coisa de amadores ou de aposentados ávidos por uma terapia.”

CLIQUE AQUI para ler o texto completo.







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15.12.17

* * *

O triturador está lá embaixo, meu camarada

Você está na ponta

Descalço

Com os dedos pra fora da borda

O que te segura?

O vento castiga a sua nuca

E mesmo assim você resiste, camarada

A boca já está seca

Teus joelhos aguentam por muito mais tempo


Pule ou não pule agora

Acho que será difícil

Quase impossível sair da borda

O triturador que está lá

Te esperando

Girando

Desejando te despedaçar

Como uma boa trepada

Não irá parar nunca

Então você não tem muita chance

É só uma questão de tempo

É só um fio brega de esperança que te segura

Te espero lá embaixo, meu camarada

E o salto foi gostoso.




(Gilberto Caetano)









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9.12.17

E Se Tarantino, Wes Anderson, Alfonso Cuaron, Michael Bay fizessem um Food Film?

Gosto muito quando utilizam o estilo de diretores famosos para produzirem novos conteúdos. 

Todos os vídeos dirigidos por David Ma:
















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25.10.17

Na Veia: QUEEN

Sempre tenho uma fase em que escuto músicas durante às vezes meses, geralmente uma discografia ou um gênero musical. Agora - finalmente - estou na fase QUEEN!

E nunca é demais dizer o quanto eles eram fodas... 





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6.10.17

MIRA NA ÁFRICA - EP. 5 - FAMÍLIA



Neste programa Rudmira Fula trás um pouco sobre a formação tradicional da Família. Um outro olhar sobre as famílias africanas. Acompanhe.

Apresentação e Roteiro: Rudmira Fula
Direção, filmagem e edição: Thais Scabio
Produção: Cavalo Marinho Audiovisual
produção executiva: Gilberto Caetano

MIRA NA ÁFRICA tem como objetivo evidenciar o lado bom do continente africano, sua cultura, diversidade e estrutura. Combatendo assim, a visão estereotipada e preconceituosa sobre o continente.






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28.8.17

FRAME: Bingo - O Rei das Manhãs por Eduardo Araújo (crítica)


[texto extraído do blog REVIDE de Eduardo Araújo] 

Começa bem, diverte depois vai entendiando e termina insuportavelmente como um filme moral.
Não aprecio cinebiografias, não esperava nada de Vladimir Brichta, que é um ator incapaz de compor um personagem. Mas Bingo é o Bozo, e tinha uma série de elementos interessantes da biografia do ator Arlindo Barreto para acrescentar ao personagem, ao mesmo tempo que mostraria os bastidores dos programas de tevê dos anos noventa, quando valia tudo pela audiência. Mas a ideia de encenar a história de um palhaço televisivo e de parcos recursos, se espalha por todos os aspectos do filme. Então, o tom jogoso se espalha entre todos os personagem, todos com máscaras, todos caricaturas, sem densidade, reiterando cacos/gags. A mãe é uma diva, a ex-esposa é uma estrela caricata de novela de tevê, o filho é o menino com bico, cheio de carências cobrando a presença do pai, os donos de emissoras são burocratas visando lucro, o gringo americano dono da marca Bingo é tão somente um gringo tolo e manipulável, a diretora do programa é uma durona evangélica que não sede as tentações. Todos cumpre esse papel sem curva. O ator que interpreta Bingo era um canastração de pornochanchada, segue sendo um canastrão politicamente incorreto até o final, sem evolução real que não seja a conversão à igreja evangélica. 

Há um fetiche de mostrar Vladimir Brichta de cueca, de flagra-lo cheirando cocaina, trêbado e transando com uma galeria grande de vadias que não tem nome, identidade etc. Seu comportamento errático e vicio é contraposto ao pai amoroso que sempre foi, mas que ao virar o Bingo, começa a faltar aos encontros com o filho, às festinhas de aniversário, que o esqueça na porta da escola e que, por contrato, não deixa que revele aos "amiguinhos" que ele é o homem por trás da máscara de palhaço.

Bingo então perde a mão. Vira só um dramalhão vazio sobre um cara que torra toda a grana em pó, desfila de cuecas e brada algumas obscenidades fora do ar. Ter sucesso para ele é uma forma de vingança contra os que não reconheceram seu "talento". Não há motivação, nenhum aspecto que seja explorado para além do fato de estar decepcionando o filhinho chorão. 
Quando tudo desaba, perde a mãe e se fere dando porrada na tevê e caindo drogado e bêgado, o desfecho só pode ser a conversão em cristão e palestrante em igrejas evangélicas. Redimido, pode se casar com a virginal balzaqueana produtora do programa. Perdido o papel de Bingo e já distante da corrupção da fama e do dinheiro advindo da televisão, só lhe resta tornar a ser um sem graça ex-ator pornô, ex-palhaço, ex-tudo.
As grandes emissoras passa a ser as vilãs, mas são vilãs sem rosto. Não há um Silvio Santos na jogada, e os "diretores da Globo" são um Pedro Bial que enfatiza a caricatura. A televisão que "suga o talento do artista depois o descarta" (outro clichê), do qual sua mãe de Bingo servirá de alegoria, já que ela fora uma "diva da tevê", que chegada no ostracismo, morre ao perder um papel numa novela.

 O que o filme faz é focar só o personagem, acompanhar sua trajetória, mostrar como os anos 90 foram politicamente incorretos, com suas canções de sentido sexual, com a vulgaridade das atrações, mas tudo conduzido - mesmo nas cenas em que Bingo cheira cocaina - de forma acéptica.


Lá pela metade, quando o espectador percebe que não há mais nada a contar/mostrar, que tudo será repetição sem ir ao fundo de nada, toda a palhaçada perde a graça. A cenografia é de primeira, os atores são bons, a fotografia bela, mas a direção linear não se empenha a ser cinema, mas narrar ilustrando sem deixar lacuna, nada a se preencher ou apontar para outros sentidos (como o jogo sujo que até hoje prevalece nas tevês, a falta de ética, e o talento para buscar audiência nem que para isso se sacrifique a inteligência). Sem inventividade nos planos e movimentos de câmera, Bingo não se distingue de um programa competente, mas sem brilho. Brichta segue sendo Brichta, o filme acabou e nada fica, a não ser aquele discurso moral que aponta para o novo caminho da tevê e do cinema: conquistar o público evangélico, resgatar valors cristão, a moral, a família para que qualquer subversão possível seja tida como pecado punível. A velha vida em preto e branco.

CLIQUE AQUI E CONHEÇA O REVIDE



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24.8.17

Duas sessões de cinema neste semana




Preto no Branco de Valter Rege e Dara de Renato Cândido.

Sessão na Galeria Olido totalmente lotado!! Cinema negro mostrando sua força!





Abertura do festival com curtas incríveis:

Damiana (Colômbia)
Césio, O Camaleão (Brasil)
O Piscinão (França)
Todo Mundo (Alemanha)
Demônia - Melodrama em 3 Atos (Brasil) 





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21.7.17

18.7.17

* * *

É como um agricultor

Que espera ansioso a colheita para pagar as dívidas

E na noite anterior um tempestade acaba com tudo

É como se estivesse afogando e conseguisse colocar a cabeça para fora d'água

Sentir o ar e o calor do sol por alguns segundos

Até que o monstro de musgo fétido te puxasse pelo pé

Para o fundo do lago

É como o vazio da existência.





(Gilberto Caetano)







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15.7.17

* * *

Faz tanto tempo que eles morreram

Que parece que nem existiram

Se as fotos não existissem

Se não fosse a saudade

Se não fosse a falta que fazem.





(Gilberto Caetano)





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12.7.17

Na Veia: 10 Filmes para Conhecer o Cinema de David Cronenberg


Do Cineplot:

"O Kafka do cinema, o grande metamorfoseador da sétima arte. O canadense David Cronenberg chamou a atenção do mundo dos filmes ao expor em suas narrativas diversas ramificações da psicologia e da literatura. O cineasta é muito Kafka, como podemos ver em “A Mosca” e em “Mistérios e Paixões”, mas possui, outrossim, seu lado freudiano, enxergado com muita complexidade em “Os Filhos do Medo” e em “Calafrios”".

Clique aqui para ver a lista.






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7.7.17

28.6.17

* * *

Ela passou no banco

Tirou o extrato

E depois subiu na balança

Nunca faça isso

Muita tragédia para um dia nublado.




(Gilberto Caetano)





















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16.6.17

* * *

Bukowski

Seu velho filha da puta


Cada página um vinho


Ou cerveja


Despejando algumas verdades


Vendo os cavalinhos


Henry, Hank


Cervejas


Jovens mulheres


Cada pequeno livro


Um tijolo no coração dos desavisados


Maluco demais para os medianos


E os pobres de espírito


Piegas pra caralho agora


Diálogos


Vinho


Ou cerveja


Uma fodida aqui


E ali


Às vezes um pouco de surrealismo


E Cavalinhos


Bukowski


Seu velho safado


Filha da puta


Seu merda


Ainda tenho muito que aprender com você.




(Gilberto Caetano)





















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13.6.17

Desencontrários - Pela Poesia



Resultado da Oficina "Fazendo Videoclipe" no Sesc Santo Amaro - maio/2017 - Orientação JAMAC Cinema Digital: Thais Scabio e Gilberto Caetano.










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7.5.17

* * *

Para o motorista macho alpha quando passam a mão na bunda dele

Ele fica violento e quer matar

Arranhar o carro ou uma leve batida é o mesmo

O carro do macho alpha é a extensão do seu cu.







(Gilberto Caetano)



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4.5.17

* * *

Hoje pela manhã

O mundo parece mais calmo

Talvez dure alguns minutos.






(Gilberto Caetano)



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1.5.17

* * *

Você não precisa trabalhar

Você precisa gerar riquezas para alguém

Ou com o lucro

Ou com o consumo

Ser espremido até a última gota do caldo

E aí sim

Você pode morrer.









(Gilberto Caetano)




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28.4.17

* * *

E eu ouvi a frase:

- Sonho não tem compromisso com a realidade.










(Gilberto Caetano)








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25.4.17

* * *

O tempo me espanta

Ele controla tudo

É o assunto clichê de sempre

E quando percebe, já é hora de dormir

Pra acordar

Pra dormir

Pra outra coisa

Ele passa muito rápido

E quando percebe já foi.












(Gilberto Caetano)













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22.4.17

* * *

- O preço da sua glória é o sofrimento deles.

Silêncio. Scorsese. 2016.

















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16.4.17

* * *

O negro que escreveu uma canção

Apesar das adversidades brancas
 

Sobreviveu ao tempo
 

Que já é uma coisa muito foda
 

Ainda toca com a mesma energia de cinquenta anos atrás
 

E ainda é muito foda.









(Gilberto Caetano)






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13.4.17

* * *


A festa é para aliviar as maldições da vida

O ano novo que renova a esperança

Mas nosso sistema escravagista

Continua espremendo as pessoas até o talo.








(Gilberto Caetano)









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4.4.17

18 Filmes sobre Psicopatia e Psicopatas


Do Cineplot:

"No cinema foram diversos os filmes retratando a psicopatia e psicopatas, geralmente relacionados a filmes de suspense. Pensando nisso é importante dizer – mesmo que isso já seja implícito em todas as outras listas – não se tratam dos melhores filmes sobre a temática, apenas boas indicações. Dessa forma, alguns filmes sobre psicopatas bastante recorrente nas listas (como O Silêncio dos Inocentes) não constarão por aqui – mas sinta que este também foi mencionado, afinal – outros como Psicose e Iluminado não puderam ficar de fora".

Clique aqui para ver a lista. 





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25.3.17

CINEMA POR QUEM O FAZ: Cristina Amaral



Cristina Amaral é uma renomada montadora de filmes com mais de 60 montagens cinematográficas em seu currículo. Trabalhou com importantes cineastas, destaque das parcerias com Carlos Reichenbach e Andrea Tonacci, nomes proeminentes do Cinema Marginal Brasileiro.

Esta entrevista faz parte do projeto "Cinema por Quem o Faz", assinado por Ugo Giorgetti e realizado pela Spcine.

A série apresenta profissionais importantes para a filmografia nacional.








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23.3.17

* * *

Ela foi embora e nem tchau pra filha deu

O marido continuou sentado de cabeça baixa

A filha não teve coragem de olhar

Os motivos só eles sabem

Só a mãe está sozinha lá fora agora.









(Gilberto Caetano)





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20.3.17

* * *

Ele cortou o refrigerante

O sorvete

E a pornografia

Já é algum começo.








(Gilberto Caetano)







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14.3.17

* * *

A ficção científica é o reflexo da merda que nós somos 


Ela joga na nossa cara


O trovão estão lá fora 


Pensamos que estamos seguros em casa 


São só os sons 


Nós pensamos 


Mas a ficção científica 


A boa ficção científica 


Faz chover dentro da sala 


Molhar a TV


Encharcar o sofá 


Mofar a pintura nova na parede 


Desculpe


Mas nenhum coxinha consegue escrever uma boa ficção científica.







(Gilberto Caetano)








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11.3.17

* * *

E vamos levando


Tomando no cu


Dando risada


Ouvindo Fred Wesley e The J.B.'s


Bebendo cerveja verde 


Sonhando com hipóteses 


Tomando no cu mais uma vez


E vamos levando


Sempre na beira do colapso 


Chorando ou não


Esperando a piada para o sorriso amarelo 


E rindo


Até o estômago abrir o bico.





(Gilberto Caetano)





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Veja também:

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