“O nosso racismo raramente se mostra. Só se mostra, e o que está
acontecendo agora é isso, quando o negro começa a incomodar.
Enquanto o negro está 'no seu lugar', na sua subalternidade, está
tudo certo, e é essa a grande característica do racismo brasileiro.
É o caso da negra que é empregada doméstica e o patrão branco
diz: 'Lá em casa ninguém tem esse problema [racismo], a nossa
empregada come até na mesa com a gente'. Mas quando começa a
competição, e isso está acontecendo hoje no âmbito universitário,
isso mexe legal no racismo brasileiro. O racismo brasileiro se
esconde, mas ele aflora nesses momentos de paroxismos. Se você tem
um confronto aberto, mesmo que seja no plano das idéias, aí você
tem como combater”.
Entrevista de Nei
Lopes.
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